WCAG: O que é e como melhorar a acessibilidade de sites

A internet não é igualmente acessível para todos. Muitas vezes, principalmente pessoas com deficiência ou limitações físicas, mentais, intelectuais e sensoriais precisam que sites passem por adaptações para que elas possam utilizá-los e compreender seus conteúdos. É disso que trata as WCAG: acessibilidade web. Conheça os 4 WCAG princípios para tornar seu site mais inclusivo.

WCAG: O que é?

Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web (WCAG), definidas pela Web Accessibility Initiative (WAI) do World Wide Web Consortium (W3C), tratam-se de recomendações para tornar a internet um ambiente mais inclusivo. Oficialmente, a versão mais atual das WCAG, de número 2.1, pode ser acessada em inglês (texto original). O W3C também disponibiliza versão traduzida para português das WCAG 2.0, texto-base anterior.

As diretrizes WCAG demonstram como conteúdos web podem ser projetados para serem acessíveis a todos os usuários da internet, independentemente de suas capacidades e limitações. Ainda, os 4 WCAG princípios fundamentam legislações inclusivas em diversos países, como nos membros da União Europeia. Já no Brasil o tema ainda não é regulamentado. Contudo, iniciativas de acessibilidade web agregam valor a sites, marcas e empresas.

A versão mais atual das WCAG foi publicada em junho de 2018, por isso suas recomendações já estão sendo aplicadas. Em julho de 2023 uma proposta de nova versão, as WCAG 2.2, foi divulgada. Ela permanecerá com este status até aprovação da diretoria. As primeiras diretrizes, WCAG 1.0, foram publicadas em 2008 e desde então são, de tempos em tempos, atualizadas. Entre as novidades encontram-se opções de entrada alternativas, como por comando de voz ou por telas sensíveis ao toque, ainda compatíveis com o padrão 2.0. Contudo, uma edição completamente nova, chamada de 3.0, já está sendo elaborada.

Fato

O World Wide Web Consortium (W3C) é um órgão internacional de padrões para tecnologias web, como HTML, XHTML, XML, RDF, OWL, CSS, SVG e WCAG. O fundador e presidente da organização é Tim Berners-Lee, cientista da computação britânico considerado o inventor da World Wide Web.

Diferenças entre acessibilidade WCAG 1.0 e WCAG 2.1

O objetivo do W3C é estabelecer um padrão internacional de acessibilidade WCAG, que guie tanto operadores de sites quanto web designers. Ambos devem atentar-se às necessidades de diferentes grupos de indivíduos, organizações e instituições governamentais, fomentando a inclusão social.

Em comparação com o padrão e as versões anteriores, as WCAG 2.1 destacam-se por terem uma abordagem independente da tecnologia. Suas diretrizes estão formuladas de modo a abarcar tanto o estado atual das coisas quanto futuros desenvolvimentos tecnológicos. Outra das principais diferenças entre os padrões WCAG 1.0 e 2.0 diz respeito à estrutura do catálogo de critérios:

  • Estrutura WCAG 1.0: As Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web padrão 1.0 são divididas em 14. Por sua vez, cada diretriz contém de 1 a 10 pontos de verificação de prioridades: 1, 2 e 3. A cada ponto de verificação é atribuído um exemplo relacionado aos padrões web básicos HTML e XML.
  • Estrutura WCAG 2.0: As Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web padrão 2.0 são distribuídas entre 4 princípios básicos de design: perceptível, operável, compreensível e robusto. Para cada diretriz, o padrão 2.0 apresenta a operadores de sites um conjunto de critérios de sucesso verificáveis, em níveis de conformidade: A, AA e AAA (mais a frente explicaremos o significado).
  • Operadores de sites não encontram exemplos no padrão atual, já que descrições detalhadas e orientações sobre implementações técnicas foram terceirizadas às páginas Understanding WCAG 2.0 e Techniques for WCAG 2.0, assim como vinculadas aos respectivos critérios de sucesso.

Apesar de diferenças relativas à organização de requisitos e critérios, os padrões WCAG 1.0 e WCAG 2.0 seguem compatíveis. Portanto, um site pode, perfeitamente, atender requisitos de diferentes padrões. De acordo com o WC3, a transição de um site WCAG 1.0 em WCAG 2.1 envolveria apenas pequenos ajustes. De toda forma, vale destacar que sempre que falamos genericamente sobre WCAG neste artigo, referimo-nos à versão oficial mais atual, de número 2.1.

Níveis de conformidade

Sites são considerados acessíveis quando seguem recomendações de acessibilidade WCAG. Contudo, para que um site seja compreendido como em conformidade com os WCAG princípios, ele não é obrigado a seguir todos os critérios de sucesso. Pelo contrário: basta que ele alcance um dos três níveis de conformidade estabelecidos pelo W3C. Os níveis A, AA e AAA indicam o grau de adaptação de um site às necessidades dos usuários da internet com necessidades especiais.

Nível de conformidade Definição Nível de acessibilidade
A Um site é classificado com o nível de conformidade A se todos os critérios de sucesso do nível A forem atendidos, ou se disponibilizar versão alternativa do site que atenda estes critérios. Baixo nível de conformidade.
AA Um site é classificado com o nível de conformidade AA se todos os critérios de sucesso dos níveis A e AA forem atendidos, ou se disponibilizar versão alternativa do site que atenda estes critérios. Nível de conformidade médio.
AAA Um site é classificado com o nível de conformidade AAA se todos os critérios de sucesso dos níveis A, AA e AAA forem atendidos, ou se disponibilizar versão alternativa do site que atenda estes critérios. Alto nível de conformidade.

Vale esclarecer que a certificação de conformidade se refere a uma única página web (um único documento HTML, disponível em URL próprio). Assim, a classificação abrange, sempre, uma página web por inteiro.

  • Se áreas individuais de uma página não atenderem ao nível de conformidade correspondente, ela, como um todo, não receberá a certificação.
  • Se a página fizer parte de um caminho de cliques que contém outras páginas que executam uma ação somente em conjunto, todas elas deverão atender ao nível de conformidade desejado para receberem a certificação. Assim, se uma única página do conjunto não atender os requisitos, nenhuma das outras será classificada como adequada.

Veja um exemplo:

Diferentemente das WCAG 1.0, as WCAG 2.0 oferecem a possibilidade de implementar diferentes níveis de conformidade em aspectos individuais de um site. Em se tratando do aspecto contraste de cores, por exemplo, dois critérios de sucesso diferentes podem apontar um mesmo nível de conformidade pelo padrão atual.

Contraste 1.4.3 (mínimo): A apresentação visual do texto e das imagens nele contidas devem ter uma relação de contraste de, pelo menos, 4,5:1, exceto: (Nível AA)[…].

Contraste 1.4.6 (aprimorado): A apresentação visual do texto e das imagens nele contidas devem ter uma relação de contraste de, pelo menos, 7:1, exceto: (Nível AAA)[…].

Declaração voluntária de conformidade

Opcionalmente, operadores de sites têm a possibilidade de emitir uma declaração de conformidade para todas as páginas que atendem critérios de sucesso WCAG. A emissão é puramente voluntária e não afeta a acessibilidade do site de forma alguma. Se um operador de site decidir emitir uma declaração de conformidade, esta deverá, de acordo com o W3C, conter as seguintes informações obrigatórias:

  • Data da declaração de conformidade.
  • Informações sobre a qual WCAG a declaração de conformidade se refere, incluindo título, versão e link para a norma.
  • Indicação do nível de conformidade atendido (A, AA ou AAA).
  • Indicação precisa de a quais páginas do domínio a declaração de conformidade se refere (por exemplo, listando todos os URLs).
  • Lista de todas as tecnologias web usadas nas páginas em conformidade com as WCAG que afetam esta conformidade.

Além das apresentadas acima, operadores de sites podem, facultativamente, adicionar as seguintes informações à declaração de conformidade:

  • Lista de todos os critérios de sucesso atendidos para além do nível de conformidade atingido.
  • Lista de todas as tecnologias web usadas pelo site que não afetam a conformidade.
  • Lista de todos os agentes de usuários usados para testar o site.
  • Versão legível por máquina da lista das tecnologias web usadas para deixar páginas em conformidade com as WCAG.
  • Versão legível por máquina da declaração de conformidade.
  • Lista de outros parâmetros de design acessível utilizados, mas não relacionadas às WCAG.
Nota

Acessibilidade absoluta, que atenda a todas as necessidades e limitações de usuários da internet, não pode ser implementada na prática. Um site ainda pode conter barreiras, mesmo que atenda às especificações do nível mais alto de conformidade (AAA), especialmente em se tratando de deficiências cognitivas, de linguagem, aprendizado e múltiplas. Mesmo assim, o W3C recomenda que operadores de sites implementem o maior número possível de critérios de sucesso, para uma maior inclusão.

Princípios da acessibilidade WCAG 2.1

São 13 as Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web. Cada uma delas está subordinada a um dos 4 WCAG princípios básicos. Embora estes princípios componham a base da internet acessível, são as diretrizes neles contidas que fornecem a desenvolvedores, autores e web designers instruções claras, que devem ser levadas em consideração ao se criar conteúdo acessível.

O W3C divulgou, somente, tradução oficial das WCAG 2.0. As WCAG 2.1, por sua vez, foram publicadas somente em inglês. Resumimos, abaixo, do que a versão mais atualizada trata. Adicionalmente, apresentamos a você as novidades trazidas pelas WCAG 2.2, ainda em processo de aprovação.

São estes os 4 WCAG princípios: perceptível, operável, compreensível e robusto. Assim, uma boa acessibilidade web é caracterizada por perceptibilidade, operacionalidade, compreensibilidade e robustez otimizadas. Aprenda o significado de cada um deles.

Perceptível

Para que seu site tenha um alto nível de usabilidade, você deve apresentar seu conteúdo de forma que ele seja perceptível por todos os usuários da internet. Diretrizes de acessibilidade WCAG referentes a uma melhor perceptibilidade são:

  • Texto alternativo: Representação alternativa baseada em texto permite que conteúdos não textuais sejam traduzidos em palavras, seja por uso de letras grandes, Braille, símbolos ou linguagem simplificada. Este critério de sucesso corresponde ao nível de conformidade A.
  • Conteúdo multimídia: O site oferece formas alternativas de apresentação, utilizando mídias baseadas em tempo (por exemplo, conteúdo de áudio e vídeo). Mídias alternativas incluem legendas, legendas ocultas (closed caption), audiodescrição, transcrições e linguagem de sinais, dependendo do nível de conformidade almejado. Nove critérios de sucesso variam entre A, AA e AAA.
  • Adaptabilidade: O conteúdo do site pode ser convertido em formato alternativo de apresentação, sem que haja perda (layout simplificado). Seis critérios de sucesso variam entre os níveis de conformidade A, AA e AAA.
  • Distinguibilidade: O conteúdo é produzido de forma que seja visual e auditivamente distinto de outros conteúdos (cor, tamanho da fonte, contraste, fundo). Esta diretriz inclui 13 critérios de sucesso, que variam entre os níveis de conformidade A, AA e AAA.

Operável

A interface do usuário de sites acessíveis deve ser projetada de forma que todos os usuários da internet consigam ter acesso às informações desejadas. A operacionalidade de conteúdos web pode ser otimizada de acordo com as seguintes diretrizes:

  • Acessibilidade por teclado: Para que sites sejam o mais operacionais possível, todo o conteúdo e a funcionalidade devem ser acessíveis pelo teclado, sendo o teclado definido como a principal interface do usuário. Esta diretriz inclui quatro critérios de sucesso em níveis de conformidade A e AAA.
  • Sem pressão de tempo: Usuários têm tempo suficiente para ler e interagir com o conteúdo web, uma vez que pessoas com deficiência geralmente precisam de mais tempo para compreender um conteúdo ou para executar uma ação, como inserir dados. Esta diretriz inclui seis critérios de sucesso em níveis de conformidade A e AAA.
  • Minimizar riscos acidentais: Todo conteúdo web é projetado para minimizar qualquer risco de convulsão por estímulos visuais (limites definidos apontam variações seguras). São três os critérios de sucesso, em níveis de conformidade A e AAA.
  • Navegação: O site é fácil de ser navegado. Diretrizes relativas à navegação acessível abarcam meta-títulos, meta-descrições, textos de links, possibilidades de acesso, e títulos e subtítulos para seções de texto com foco no teclado. Esta diretriz de navegação inclui 13 critérios de sucesso em níveis de conformidade A, AA e AAA.
  • Acessibilidade por outros dispositivos: Todas as funcionalidades disponíveis por teclado também devem ser acessíveis de forma alternativa, por exemplo, por gestos. Esta diretriz especifica oito critérios de sucesso em níveis de conformidade A, AA e AAA.

Compreensível

Conteúdos web devem ser projetados de forma que as informações nele contidas sejam compreensíveis e que sua operação seja também entendida. Desenvolvedores e autores atingem melhor compreensibilidade ao respeitar as seguintes diretrizes:

  • Legibilidade: Idealmente conteúdos acessíveis devem ser legíveis e entendíveis. Diretrizes sobre legibilidade incluem normas que especificam como elementos linguísticos devem ser marcados e enriquecidos com informações adicionais. Seis critérios determinam a legibilidade de um site, em níveis de conformidade A, AA e AAA.
  • Previsibilidade: O comportamento de elementos funcionais e interativos de páginas deve ser previsível, para não atrapalhar a compreensão. Seis critérios de sucesso propostos variam entre os níveis de conformidade A, AA e AAA.
  • Assistência a entradas: Sites acessíveis ajudam visitantes a evitar erros, corrigindo-os automaticamente com recursos assistenciais, como de detecção automática de erros. Nove critérios de sucesso variam entre os níveis de conformidade A, AA e AAA.

Robusto

O WCAG princípio da robustez diz respeito à compatibilidade de conteúdos web. Para garantir uma boa acessibilidade, estes devem ser preparados de modo que possam ser processados de forma confiável pela maioria dos agentes de usuário (navegadores, dispositivos de assistência etc.). Operadores de sites devem levar em conta a seguinte especificação de robustez:

  • Compatibilidade: A compatibilidade com tecnologias atuais e futuras é garantida por meio da aplicação consistente de padrões web específicos. Pré-requisito básico é que a implementação do conteúdo usando linguagens de marcação, como HTML, seja completa e sem erros. A diretriz de compatibilidade inclui dois critérios de sucesso em níveis de conformidade A e AA.

Novidades das WCAG 2.2

As WCAG 2.2 adicionam 9 novos critérios de sucesso às diretrizes existentes:

  • Uso de teclado: Três critérios para desbotar conteúdos quando outros componentes estão em foco.
  • Uso de tela sensível ao toque e mouse: Um critério para cada, que abarca movimentos de arrastar e superfícies clicáveis.
  • Suporte adicional para habilidades cognitivas limitadas:
    • Funções de ajuda devem estar localizadas sempre no mesmo local.
    • Suporte para dados já inseridos.
    • Modos de entrada alternativos para senhas e testes de função cognitiva.
    • Alternativas à seleção de imagens ou objetos em testes de função cognitiva.

As WCAG 2.2 são, portanto, um complemento das WCAG 2.1, diretrizes atualmente válidas, mas que ainda apresentam lacunas.

Checklist: WCAG acessibilidade

O W3C Working Draft (rascunho das WCAG 2.0), de 27 de abril de 2006, traz uma lista de verificação em seu apêndice, com todos os critérios de sucesso definidos até então. Ela servia como orientação para diversos operadores de sites, mas desde a publicação da versão oficial das WCAG 2.0, em dezembro de 2008, essa checklist se tornou obsoleta.

Ela foi substituída por uma referência rápida às WCAG 2.0 personalizável. A personalização permite que operadores de sites adaptem o catálogo de critérios de acessibilidade a ofertas e necessidades específicas, por meio da utilização de filtros. Assim eles podem criar listas de verificação próprias.

Referência rápida das WCAG 2.0 com checklist ajustável
Com a referência rápida das WCAG 2.0, operadores de site podem criar checklists próprias, aumentando a eficiência delas. Fonte: https://www.w3.org/WAI/WCAG21/quickref/?versions=2.0

Como checar a WCAG acessibilidade

Os 4 WCAG princípios contém critérios de sucesso testáveis, que podem ser usados por operadores de sites para avaliar o grau de conformidade de páginas web individuais com o padrão WAI. Operadores que desejam verificar a acessibilidade WCAG de toda sua presença web, e não somente de páginas individuais, podem basear-se em quatro estratégias também desenvolvidas pela Web Acessibility Initiative:

Easy Checks

Em Easy Checks a WAI lista aspectos básicos do web design acessível. O objetivo é permitir que operadores de sites consigam visualisar com rapidez o status de seus projetos web. O teste Easy Checks examina os seguintes critérios:

  • Meta-títulos
  • Textos alternativos
  • Títulos
  • Taxa de contraste
  • Escalabilidade do texto
  • Acessibilidade pelo teclado
  • Conteúdo móvel, piscante ou iniciado automaticamente
  • Conteúdo multimídia alternativo
  • Estrutura do site

A relevância desses critérios, em termos de WCAG acessibilidade, é comparativamente baixa. Outros testes (por exemplo, o WCAG-EM) costumam realizar uma avaliação de conformidade mais significativa.

WCAG-EM

Easy Checks servem para que operadores obtenham uma ideia geral do grau de acessibilidade de seus projetos web. Contudo, aqueles que desejam realizar verificações mais confiáveis e minuciosas devem optar pela metodologia de avaliação WCAG-EM. Esta compreende cinco etapas:

  1. Determinar o escopo da avaliação.
  2. Examinar a presença web.
  3. Escolher páginas web representativas.
  4. Avaliar páginas web escolhidas.
  5. Elaborar um relatório de avaliação de conformidade com a WCAG-EM Report Tool.

A publicização da sua avaliação de conformidade não é obrigatória. Contudo, os resultados obtidos podem servir de base para a sua declaração voluntária de conformidade.

Avaliação apoiada pelo usuário

Operadores de sites que desejam avaliar a acessibilidade de sua presença web geralmente utilizam procedimentos de teste padronizados, como o WCAG-EM. No entanto, a WAI recomenda que tais avaliações sejam respaldadas por testes feitos por usuários, sempre que possível. Assim é possível também identificar problemas de usabilidade não abordados pelas WCAG 2.1.

Tais avaliações de acessibilidade são geralmente realizadas por pessoas com deficiência e usuários idosos. Entre as possibilidades estão testes informais em formato de pesquisa, assim como testes formais de usabilidade, baseados na realização de tarefas específicas e de análises estatísticas.

Entenda como operadores de sites podem angariar visitantes para realizar testes de acessibilidade no site da WAI.

Ferramentas de avaliação

Operadores de sites podem encontrar várias ferramentas on-line que ajudam a verificar a acessibilidade de sites. Inclusive, muitas delas são incentivadas pela própria WAI. Assim sendo, o site da Web Acessibility Initiative oferece uma extensa lista de ferramentas de avaliação de acessibilidade web. Você pode escolher a mais adequada às suas necessidades utilizando a função de filtro.

Acessibilidade WCAG no Brasil

Falta ao Brasil legislação específica que implemente medidas de acessibilidade web. Contudo, empresas conscientes, assim como a administração pública, vêm realizando mudanças por iniciativa própria, para tornar a internet um ambiente mais inclusivo. Em linhas gerais, o Estatuto da Pessoa com Deficiência é a lei que regulamenta a inclusão de pessoas com necessidads especiais no país. Apesar de aborda temas como “informação e comunicação” e “sistemas e tecnologias”, suas orientações são bastante genéricas.

O mesmo não ocorre na União Europeia, que já dispõe de textos regulamentares sobre acessibilidade web. Na Alemanha, por exemplo, existe lei que obriga órgãos da administração pública a disponibilizarem sites com padrão de acessibilidade, desde 2005. Sites privados ou comerciais ainda não se enquadram na lei, mas passarão a fazê-lo em 2025.

Promessas das WCAG 3.0

As versões WCAG 2.1 e 2.2 são meras atualizações do padrão 2.0. Todas têm, portanto, o mesmo padrão de recomendações. Contudo, o W3C já trabalha em um padrão de diretrizes de acessibilidade totalmente novo, chamado de WCAG 3.0. Ele apresentará novos requisitos e terá foco especial em testes adicionais, assim como em diferentes mecanismos de avaliação. Ainda, as WCAG 3.0 não serão compatíveis com as anteriores, por tratarem de um novo conjunto de diretrizes. Interessados podem atualizar-se sobre as novidades acessando o rascunho WCAG 3.0.

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